Autêntico por sua simplicidade, o município está situado a 120 km de Belo Horizonte. Agrega numa mesma paisagem grandes picos, alguns com mais de 2000 metros de altitude, casas coloniais preservadas, ruas de pedras, ruínas de um aqueduto, igrejas coloniais, inclusive com obras atribuídas de Aleijadinho e mestre Ataíde, belas cachoeiras e um aconchegante clima ameno.

O conjunto arquitetônico barroco formado pela Igreja da Matriz e por casas antigas ao redor da praça Monsenhor Mendes, entre outras construções, traz para o presente a história da pequena e bucólica cidade mineira.

Para proteger esse rico acervo histórico, cultural e religioso, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA) tombou todo o perímetro urbano de Catas Altas.

Confira abaixo alguns dos atrativos turísticos do município de Catas Altas-MG:

BICAME DE PEDRAS

Construído por escravos por volta de 1892, o Bicame de Pedra é um aqueduto que tinha como objetivo captar e conduzir a água da Serra do Caraça, até a parte baixa da região, na localidade de Brumado, onde o ouro era extraído e lavado. Atualmente restam dele, apenas cerca de 200 metros, de pedras de quartzitos. A construção do aqueduto se deu a partir de técnicas inspiradas na arte romana de construir sem necessidade de cimento ou argamassa. Isto pode ser observado  no arco do portal, ao centro, cujas pedras foram colocadas de modo que umas travem as outras.

SANTUÁRIO DO CARAÇA

O Complexo Santuário do Caraça é o conjunto de toda a propriedade de 11.233 hectares, onde estão localizados o Conjunto Arquitetônico do Santuário, a área da RPPN (área de 10.187 ha), e partes identificadas pela proprietária como áreas de manejo. No Conjunto Arquitetônico estão a igreja neogótica, o prédio do antigo colégio (hoje museu e biblioteca) e a pousada. Na área de manejo estão localizadas a Fazenda do Engenho, o Buraco da Boiada, a Fazenda do Capivari. O Parque possui áreas de transição entre Cerrado e Mata Atlântica espalhadas pela Serra do Espinhaço, em altitudes entre 1300 e 2000 metros. Fazem parte do Parque, cachoeiras, piscinas naturais, grutas, serras e trilhas com distâncias e dificuldade de acesso variadas. Reserva Particular do Patrimônio Natural, componente da APA Sul da RMBH e da Reserva da Biosfera, patrimônio Cultural do Brasil, com tombamentos em nível federal, estadual e municipal e uma das 7 Maravilhas da Estrada Real.

IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

A igreja, localizada na Praça Matriz da cidade, à frente  da qual se ergue a pedra da Serra do Caraça. É nesta praça que estão alguns casarões antigos em bom estado de preservação, formando com a matriz o conjunto histórico da antiga cidade. É um dos mais importantes templos mineiros e uma das poucas igrejas em que se pode fixar a data de fundação com precisão, pois uma notícia inserida no Códice Matoso dá conta de que em 1739 foi feito o translado do Santíssimo Sacramento para a “nova matriz, que hoje existe”.

CAPELA DE SANTA QUITÉRIA

Localizada no alto da colina, a Capela de Santa Quitéria é datada do século XVIII. Foi construída em 1728 pelo Senhor Paulo de Araújo de Aguiar (possivelmente o proprietário do terreno) com ajuda dos devotos da comunidade. Em um documento de registro de casamento em 1734, a Capela aparece pela primeira vez nos livros de Cúria Arquidiocesana de Mariana.

MORRO D'ÁGUA QUENTE

O nome do distrito, segundo escritos do naturalista francês Auguste de Saint Hilaire em 1887, em sua passagem por Catas Altas, originou-se das fontes termais que existiam nas proximidades e que foram destruídas pelas escavações lá realizadas, na ânsia de se encontrar mais ouro. A fonte termal que deu origem ao nome foi soterrada por um desabamento. Existem no povoado construções feitas por escravos, como a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim e alguns muros de pedras. Esses muros são característica marcante do povoado. A caixa d’água e moinhos de pedras são provavelmente do séc. XVIII. Pepitas do ouro eram lavadas nessa caixa d’água e a mesma água movia os moinhos de pedra.

CAPELA DO SENHOR DO BONFIM

Localizada no distrito do Morro D’Água Quente, a Capela foi construída no estilo barroco. Sem torres, está estruturada em madeira e barro e sua fundação é em pedra. Em 1767 há uma referência sobre uma pequena Capela no povoado de Morro D’Água Quente erguida por provisão de o Vigário Capitular do bispado, de 29 de março, o Padre Pantaleão Nunes de França. A “Capela do Senhor do Bonfim” aparece pela primeira vez em 1786, num registro de casamento.